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Estudo revela efeito inesperado da creatina no cérebro humano

Por Will Baldine | Jornal de Piracicaba |
| Tempo de leitura: 1 min
Reprodução
A creatina também pode apresentar efeitos positivos sobre o desempenho cognitivo em situações de privação de sono
A creatina também pode apresentar efeitos positivos sobre o desempenho cognitivo em situações de privação de sono

Pesquisadores identificaram que a creatina, amplamente utilizada como suplemento alimentar para apoio à performance física, também pode apresentar efeitos positivos sobre o desempenho cognitivo em situações de privação de sono.

O estudo, publicado na revista Scientific Reports, avaliou os efeitos do suplemento em 15 voluntários submetidos a uma noite sem dormir. Durante o período, os participantes realizaram testes cognitivos antes e após a ingestão de creatina. Segundo os resultados, a melhora no desempenho mental foi observada cerca de quatro horas após o consumo e permaneceu por aproximadamente nove horas.

Como a creatina age no cérebro 

Em condições normais, a creatina é armazenada principalmente nos músculos esqueléticos, mas o cérebro também retém uma parcela do composto. A pesquisa sugere que, em contextos de estresse como a falta de sono, há um aumento na absorção de creatina pelo cérebro, o que pode contribuir para mitigar os impactos negativos da privação de descanso.

Além dos possíveis efeitos cognitivos, a creatina é conhecida por auxiliar na recuperação muscular e no aumento da massa corporal. Estudos também apontam impactos em parâmetros metabólicos, cardiovasculares e ósseos.

Apesar dos resultados, os autores alertam para os riscos do uso em doses elevadas. Entre os efeitos adversos associados ao suplemento estão desconfortos gastrointestinais, inchaço, cãibras, desidratação e possível sobrecarga renal e hepática, especialmente em casos de consumo excessivo.

O autor principal da pesquisa, Ali Gordjinejad, afirmou que a creatina pode ser considerada uma alternativa ao café para sustentar atividades cognitivas em momentos de sono reduzido, mas reforça que novos estudos são necessários. O uso do suplemento deve ser orientado por profissionais da saúde.

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