
O silêncio ainda paira pesado sobre a calçada onde Edson Santos Pinheiro de Brito, de 36 anos, tombou sem vida após deixar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da rua 29, em Rio Claro, na Região Metropolitana de Piracicaba.
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O episódio, ocorrido na última terça-feira (27), segue envolto em perguntas sem respostas — e uma dor que cresce entre familiares, amigos e a população que testemunhou os últimos momentos do homem.
“Ele gritava que estava ficando cego. Chorava muito. Parecia em agonia”, contou uma das testemunhas, ainda visivelmente abalada. Populares tentaram ajudar Edson, chamando a Guarda Civil Municipal (GCM), que chegou ao local e encontrou o homem sem sinais vitais. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e apenas confirmou o óbito ali mesmo.
Segundo relatos, Edson teria esperado por quase cinco horas na UPA antes de ser atendido — e, em seguida, liberado. A direção da unidade confirmou à GCM que ele ou pelo local, mas os procedimentos realizados não foram detalhados até o momento. Até os detalhes serem esclarecidos, o sentimento de impotência e indignação vai ecoar nas ruas e redes sociais da cidade. Em abril deste ano um homem de 37 anos também morreu na rua, depois de ser atendido no local.
A Polícia Civil trata o caso como morte suspeita. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde um laudo pericial deve esclarecer a causa do falecimento. Técnicos da perícia estiveram no local para coletar evidências.
Natural de Araraquara, Edson foi sepultado na manhã de quinta-feira (29), no Cemitério dos Britos, sob comoção de familiares e amigos.
Enquanto isso, a comunidade aguarda respostas — e cobra explicações.