Após relatos de pessoas levando bonecas hiper-realistas para hospitais, o deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL) apresentou o projeto de lei que visa proibir, em Minas Gerais, o atendimento a bonecas do tipo eborn e qualquer outro objeto inanimado nos serviços públicos de saúde. A proposta, protocolada na terça-feira (13), também prevê multa para quem descumprir a medida. 6i3lf
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Caporezzo alega que trata-se de uma resposta à crescente “normalização de absurdos”.
O texto do projeto determina que o uso de serviços públicos de saúde para atendimento de bonecas será terminantemente proibido. Caso a norma seja violada, o infrator poderá ser multado em até dez vezes o valor do serviço utilizado. A verba arrecadada, segundo a proposta, deverá ser direcionada a programas de tratamento de pessoas com transtornos mentais.
Em tom crítico, Caporezzo se manifestou publicamente:
“Baseado em fatos reais, eu preciso me posicionar com relação a essa loucura que estamos vendo com os bebês reborn. Esse tumulto em torno do boneco diz muito sobre nossa sociedade. É alarmante ver o quanto as pessoas se sentem solitárias e desconectadas, buscando a fuga da realidade e tentando suprir seus vazios com esse tipo de brinquedo de madame.”
O deputado reconheceu o trabalho artístico envolvido na produção das bonecas, mas afirmou que o problema começa quando o objeto a a ser usado como substituto emocional:
“Eu valorizo os artistas que são capazes de criar e produzir algo tão realista como o bebê reborn, mas quando isso se transforma em uma fuga emocional, criando uma realidade paralela que sobrecarrega os nossos serviços públicos, alguém precisa dar um basta!”
Caporezzo também reforçou o propósito do projeto:
“O meu PL visa proteger aqueles que realmente necessitam dos serviços públicos e que já enfrentam desafios suficientes. Imagina agora com essa onda de levar bebê reborn para atendimento. Basta!”
Para divulgar o projeto, o parlamentar publicou um vídeo nas redes sociais em tom satírico, simulando um atendimento em seu gabinete. No vídeo, uma mulher pede que o deputado crie uma lei para emitir certidão de nascimento para a boneca. Ao final, ele ironiza: “Levem ela para o hospício”.
Até o momento, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais não se manifestou oficialmente sobre o tema.