
A juíza Elaine Cristina Storino Leoni, da 2.ª Vara da Fazenda Pública de Bauru, determinou no último dia 15 o bloqueio de até R$ 2 milhões em bens e valores dos envolvidos no escândalo em torno dos desvios na Apae Bauru.
Afirmou ainda que “em uma investigação séria como esta, não encontrar sequer uma prova de proveito econômico, transferências e rees, só confirma que Izabel não integrou a suposta organização criminosa anunciada pelo Ministério Público. A questão não se resume a existência ou não de prova, mas a não participação efetiva de Izabel no suposto esquema criminoso”.
Alisson Caridi, que defende familiares de Claudia Lobo envolvidos no caso, mencionou que ainda não tem conhecimento dos autos. Já a defesa de Roberto schetti disse desconhecer o processo e declarou que também não se manifestará depois de intimada.
Além desta, os envolvidos respondem também a uma ação penal movida pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que os acusa de participar, direta ou indiretamente, do esquema que envolveu peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Segundo Masseli, as investigações apontam para sucessivos desvios praticados por Roberto, Claudia e demais envolvidos. De acordo com a denúncia, além da emissão de notas fiscais frias para justificar pagamentos superfaturados, o escândalo envolveu também um esquema de “rachadinha” praticado por aliados do ex-presidente e da ex-secretária executiva.
Em um dos casos, por exemplo, o MP diz que schetti, com auxílio de Renato Tadeu de Campos e Maria Lúcia Miranda, desviou R$ 337.646,00 da entidade para benefício próprio.
Em outra situação, aponta que o ex-presidente desviou, isoladamente, mais R$ 105.105,00. E que Renato Golino, à época coordenador financeiro da Apae, teria se apropriado de R$ 178.233,48. Já Gisele Tavares, ex-funcionária da instituição, teria desviado R$ 68.000,00, enquanto Pérsio de Jesus Prado Júnior, ex-marido de Claudia, teria se apropriado de R$ 36.000,00.