
O homem de 36 anos, suspeito de roubar, estuprar e tentar matar a enteada, de 16 anos, em Jundiaí, em novembro do ano ado, usou clonazepam para drogar a vítima e também a mãe dela, para então praticar o crime. O medicamento, usado basicamente para tratamento de distúrbio epiléptico, transtornos de ansiedade e humor e síndromes psicóticas, tem como principais efeitos colaterais, a sonolência, tontura e dificuldade de coordenação, o que fez parte da premeditação do crime, segundo apontou a investigação da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), de Jundiaí.
De acordo com a investigadora-chefe Lilian Picchi, "ele misturou o medicamento no suco e serviu a elas", explicou ela.
Lilian também comentou sobre como a delegacia recebeu a notícia de que, todo o trabalho de investigação e espera, de mais de cinco meses, havia culminado na prisão dele, em Mar Vermelho, na região de Viçosa, em Alagoas. "Todos receberam com muita alegria e satisfação. Nós não paramos de trabalhar, mesmo cuidando de todos os outros casos, nunca deixamos esse para trás.
Era uma questão de honra ver esse monstro preso. Foram incansáveis dias de trabalho e dedicação de da equipe", comemorou a policial.
Por Jundiaí, participaram dos trabalhos os delegados Marco Antônio da Silva e Ingrid Hannah Carneiro Schossler, escrivã-chefe Tatiane e escrivã Jéssica Nobre; nas investigações esteve a equipe chefiada por Lilian Picchi, com os policiais Paulo Vertuan, Fátima e Toni.
ENTENDA
O caso aconteceu em novembro do ano ado. De acordo com Lilian Picchi, o investigado usou o medicamento para drogar mãe e filha, e, desta forma, conseguiu que a menina perdesse hora para uma entrevista de emprego. Fingindo boa fé, ele se ofereceu e a levou para a entrevista e, após o processo seletivo, na hora de voltar para casa (onde moravam todos juntos, em Jundiaí), ele a levou para uma chácara, também no município.
No local ele aplicou um golpe mata-leão na jovem e a deixou desacordada. Quando ela acordou, ele a ameaçou com uma arma de fogo para que fizesse sexo com ele. A moça se negou e chegou a lutar, mas ele efetuou um disparo para tentar matá-la; a arma, no entanto falhou. Percebendo que ele de fato estava disposto a matá-la, caso não cedesse, ela perdeu as forças. Ele então a estuprou, com ela sob mira de arma de fogo.
Após o crime sexual, com a vítima em choque, ele ainda a obrigou a fazer um Pix no valor de R$ 300 para ele. "Após tomarmos ciência do caso, demos início às investigações e localizamos a arma usada por ele, na cidade de Campinas. Na sequência, descobrimos que ele havia fugido e estaria escondido no município de Mar Vermelho, em Alagoas", disse Lilian.
Foi solicitado mandado de prisão para o padrasto, que foi concedido pela Justiça. Com o mandado em mãos, a polícia de Jundiaí fez contato com a Polícia Civil da 9ª Delegacia Regional de Viçosa, solicitando ajuda para o cumprimento do mandado. Os investigadores de Viçosa, Stervard Lisboa, Luciano dos Santos, Emerson da Silva e Gildete Ferreira, supervisionados pelo delegado Fernando Lustosa, conseguiram localizá-lo e deram cumprimento ao mandado, pondo fim aos trabalhos realizados pela DDM de Jundiaí.