A rede social, Discord, inicialmente foi criada para comunicação entre gamers, no entanto, ou a ser o ponto de encontro virtual de diversas comunidades — desde fãs de tecnologia até grupos de estudo e artistas independentes. Mas, infelizmente, essa popularidade também chamou atenção de pessoas mal-intencionadas, transformando o que era para ser um espaço de partilha e amizade num ambiente onde também acontecem sérias irregularidades.
O lado sombrio
Entre as discussões mais recentes, encontramos o uso da ferramenta para prática de crimes, em sua maioria, contra crianças e adolescentes. Os casos têm ganhado destaque nacional e levou, recentemente, à prisão de envolvidos, servindo de alerta para o que pode acontecer quando não há supervisão e regras claras nos ambientes online.
Principais riscos
Os principais crimes estão relacionados à venda de dados, furtos e fraudes online, normalmente com objetivo financeiro, mas infelizmente, essa popularidade também atraiu pessoas mal intencionadas. As situações mais delicadas estão relacionadas a grupos que incentivam comportamentos destrutivos entre adolescentes, como a automutilação e até o suicídio. A Polícia Civil de Minas Gerais investigou um desses grupos num caso chamado “Operação Banhammer”, onde jovens eram coagidos a se ferirem para permanecer em servidores fechados. O relato parece absurdo, mas é real — e mostra o quanto o ambiente virtual pode ser cruel para quem está mais vulnerável.
O que tem sido feito?
Com a pressão social e política diante de tantos casos, a plataforma constituiu representante no Brasil e informa que tem excluído servidores que violam os termos de uso e cooperando com investigações policiais quando necessário. Mas ainda há diversos questionamentos e dúvidas relacionadas. A natureza descentralizada do Discord, com servidores privados e convites fechados, dificulta a fiscalização. Por isso, cabe a todos — pais, educadores, utilizadores e as próprias plataformas — estarem atentos e adotarem medidas de segurança mais firmes, registrando informações que permitam a identificação de usuários em caso de irregularidades.
Como me proteger?
Vivemos numa Era em que estar online é quase tão natural quanto respirar, mas alguns ares podem ser poluídos. Por isso, sempre lembre-se de (i) ativar medidas de segurança, (ii) não compartilhar dados pessoais em redes sociais, mesmo em chats privados, (iii) averiguar o conteúdo que o seu filho a, (iv) manter um antivírus instalado nos aparelhos e (v) manter-se atualizado, pois a informação deve ser seu principal item de segurança.
Caso desconfie ou tenha sido vítima de alguma comunidade ou usuário irregular, procure as autoridades para registrar a ocorrência e um profissional da sua confiança para orientá-lo de forma adequada.
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