MEDO

Gripe forte pode matar? Especialistas alertam para riscos

Por Claudio César |
| Tempo de leitura: 2 min
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É importante que as pessoas não tratem a gripe forte e a síndrome respiratória como uma doença simples
É importante que as pessoas não tratem a gripe forte e a síndrome respiratória como uma doença simples

 Embora muitas pessoas tratem a gripe como uma doença leve e ageira, ela pode se transformar em um problema grave — e até levar à morte.

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O caso da morte da jovem Bianca Liberato, de apenas 21 anos, na avenida Luiz Ralph Benatti nesta quinta-feira (23) em Piracicaba, após ar três vezes pela UPA com mal-estar e uma gripe muito forte, teve grande repercussão, mas as causas ainda estão sendo investigadas.

 Especialistas alertam que, em casos mais severos, a gripe pode causar complicações como pneumonia, infecções generalizadas, inflamações no coração e descompensação de doenças preexistentes, o que aumenta consideravelmente o risco de óbito, especialmente entre os grupos mais vulneráveis.

Idosos, crianças, gestantes, pessoas com doenças crônicas (como diabetes, problemas cardíacos e respiratórios) e imunodeprimidos estão entre os que mais correm risco. Nesses casos, o organismo pode ter dificuldade para reagir ao vírus, o que abre caminho para complicações sérias. A gripe, quando não controlada, pode evoluir rapidamente, exigindo internação e, em situações extremas, levando à morte.

Segundo estimativas globais, a gripe afeta cerca de 5 milhões de pessoas por ano em sua forma mais grave. Dessas, aproximadamente 500 mil morrem por complicações da doença. Os números reforçam o alerta: a gripe não deve ser subestimada.

A doença pode ser causada por diferentes tipos de vírus influenza, como os tipos A e B. O vírus Influenza A costuma estar relacionado a quadros mais severos e surtos sazonais, enquanto o Influenza B afeta mais frequentemente crianças e adolescentes, mas também pode causar complicações sérias.

A boa notícia é que existe uma maneira eficaz de se proteger: a vacinação. A vacina contra a gripe é atualizada anualmente para combater as cepas mais recentes do vírus e está disponível gratuitamente para os grupos prioritários durante as campanhas nacionais de imunização. Mesmo quem está fora desses grupos pode e deve se vacinar, especialmente em épocas de maior circulação do vírus.

Além da vacina, medidas simples como lavar as mãos com frequência, cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir, e evitar locais fechados e com aglomerações em períodos de surto também ajudam na prevenção.

Diante dos riscos, a recomendação dos profissionais de saúde é clara: não subestime os sintomas. Febre alta, dor no corpo, cansaço excessivo, dificuldade para respirar e dor no peito são sinais de alerta. Em caso de agravamento, é fundamental procurar atendimento médico.

A gripe pode parecer comum, mas os dados mostram que ela pode ser mortal. Prevenção e informação ainda são as melhores formas de se proteger.

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