
A obesidade é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma epidemia. E essa é uma epidemia que também acomete cães e gatos. Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) aponta que quase metade dos pets da cidade de São Paulo estão acima do peso.
O estudo da USP, de 2020, publicado em Relatórios Científicos, da comunidade científica Nature Portfólio, aponta a prevalência da obesidade canina na cidade de São Paulo e os possíveis fatores causais associados.
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De acordo com os dados, colhidos em domicílios aleatórios, de 285 cães incluídos de 221 tutores entrevistados, a obesidade foi constatada com percentual de 40,5%. Inclusive, as cadelas e os cães castrados foram detectados com maior sobrepeso e obesidade.
No geral, a pesquisa constata que a obesidade encontrada em uma região metropolitana brasileira foi semelhante a de outros países. O estilo de vida moderno é uma das causas. O sedentarismo é um exemplo, e o consumo exagerado de alimentos, não respeitando as quantidades indicadas pelos veterinários – nas embalagens das linhas PremieR e GoldeN, por exemplo, existem tabelas com essas informações.
Quais são os riscos da obesidade em cães e gatos
O número de cães e gatos com excesso de peso tem aumentado nos últimos anos, segundo dados de clínicas veterinárias e estudos acadêmicos. A obesidade em animais de estimação é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal e pode levar ao desenvolvimento de diversas doenças, além de afetar a mobilidade e a qualidade de vida.
Entre os problemas mais comuns associados à obesidade em pets estão diabetes mellitus, doenças cardiovasculares, alterações ortopédicas, distúrbios respiratórios e problemas hepáticos. Animais com sobrepeso também apresentam maior risco durante procedimentos cirúrgicos e anestesias, segundo especialistas da área veterinária.
Alguns dos fatores que contribuem para a obesidade
A principal causa do ganho de peso em cães e gatos está relacionada à ingestão calórica superior ao gasto energético. Fatores como alimentação inadequada, falta de atividade física e castração sem ajuste alimentar contribuem para o quadro. Alguns animais também podem desenvolver obesidade por predisposição genética ou alterações hormonais.
Veterinários recomendam a adoção de medidas preventivas e de controle, como o acompanhamento do peso corporal em consultas regulares, a oferta de alimentação balanceada, a prática de exercícios físicos e a restrição de petiscos calóricos. Em casos de obesidade já instalada, pode ser necessária a prescrição de dietas específicas e monitoramento contínuo.
A avaliação do estado nutricional deve ser feita por profissional habilitado, que levará em conta o histórico do animal, a condição corporal e possíveis comorbidades. O tratamento, quando necessário, é individualizado e ajustado conforme a resposta do organismo ao plano terapêutico.
A prevenção da obesidade em cães e gatos depende da conscientização dos tutores sobre os cuidados com a alimentação e o estilo de vida dos animais. Manter o peso dentro dos parâmetros recomendados contribui para a longevidade e o bem-estar dos pets.