CASO JORGINHO!

Onça que devorou caseiro chega ao abrigo onde viverá em cativeiro

Por Will Baldine | Jornal de Piracicaba |
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação/ Instituto Ampara Animal
A decisão de transferência foi tomada por órgãos ambientais responsáveis. O felino, um macho com idade estimada em nove anos, chegou ao novo local estável
A decisão de transferência foi tomada por órgãos ambientais responsáveis. O felino, um macho com idade estimada em nove anos, chegou ao novo local estável

A onça-pintada capturada após o ataque que resultou na morte do caseiro Jorge Ávalos, conhecido como Jorginho, foi transferida para o Instituto Ampara Animal, em São Paulo, onde permanecerá em cativeiro definitivo. O animal foi capturado em abril, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, e estava, até então, sob cuidados no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande (MS).

A decisão de transferência foi tomada por órgãos ambientais responsáveis. O felino, um macho com idade estimada em nove anos, chegou ao novo local de forma estável, segundo o médico-veterinário Jorge Salomão, responsável técnico pelo mantenedor de fauna do Instituto. Ainda conforme a instituição, o espaço destinado ao animal ará por adaptações, incluindo ampliação da área aquática.

O recinto não será aberto à visitação e será voltado exclusivamente ao manejo do animal em cativeiro. O Instituto informou que o ambiente contará com estímulos naturais e monitoramento contínuo.

Durante o período no CRAS, o animal apresentava quadro de anemia e estava abaixo do peso. Ao longo de sua permanência na unidade, ou por exames e ganhou cerca de 13 quilos. A onça tem diversas cicatrizes e será mantida sob cuidados permanentes, integrando o grupo de felinos já atendidos pela instituição, que atualmente abriga cinco onças-pintadas e três onças-pardas.

Relembre o caso

O ataque ao caseiro ocorreu em 21 de abril, enquanto ele coletava mel às margens do Rio Miranda, em Aquidauana (MS). O corpo foi localizado no dia seguinte por equipes da Polícia Militar Ambiental (PMA), que encontraram rastros de sangue no local.

A onça foi capturada em 24 de abril, mas ainda não há confirmação de que seja a mesma responsável pelo ataque. Durante exames realizados no CRAS, foram encontrados fragmentos ósseos e fios de cabelo nas fezes do animal, com possibilidade de origem humana. O material foi encaminhado à Polícia Científica para análise.

Os fragmentos serão comparados com amostras dos restos mortais da vítima e do sangue encontrado na área do ataque. O laudo final será enviado à Polícia Civil para auxiliar nas investigações.

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