GRIPE AVIÁRIA!

Atenção: entenda se há risco de consumir carnes e ovos no Brasil

Por Will Baldine | Jornal de Piracicaba |
| Tempo de leitura: 2 min
Wilson Dias/Agência Brasil
O Ministério da Agricultura e Pecuária confirmou nesta sexta-feira (16) o primeiro caso de gripe aviária em uma granja de produção comercial no Brasil
O Ministério da Agricultura e Pecuária confirmou nesta sexta-feira (16) o primeiro caso de gripe aviária em uma granja de produção comercial no Brasil

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou nesta sexta-feira (16) o primeiro caso de gripe aviária em uma granja de produção comercial no Brasil. O registro foi feito em um plantel de matrizes no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. Até então, o país havia identificado casos apenas em aves silvestres.

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Com a confirmação, foi decretado estado de emergência zoossanitária por 60 dias. Segundo o ministério, a medida tem como objetivo conter a disseminação do vírus e preservar o funcionamento do sistema produtivo. As aves da granja foram abatidas e a área, isolada. A pasta informou que ações de controle e eliminação do foco já estão em andamento.

O que é a gripe aviária

A influenza aviária é uma infecção viral que atinge principalmente aves, tanto domésticas quanto silvestres. Casos em humanos são raros e geralmente ocorrem por contato direto com animais contaminados. O consumo de carne de frango e ovos segue liberado. De acordo com o Mapa, não há risco relacionado aos produtos de origem animal inspecionados.

A gripe aviária pode causar sintomas como febre, tosse, dor de garganta e dificuldade respiratória em humanos. Em aves, os sinais incluem espirros, secreção nasal e ocular, incoordenação motora e mortalidade elevada.

Especialistas apontam que o vírus influenza aviária H5N1 já foi identificado em mamíferos, o que representa um ponto de atenção para autoridades de saúde. Segundo o médico Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, o vírus pode se adaptar a diferentes espécies. Ele destacou que quanto maior a circulação entre animais, maior é a probabilidade de mutações com potencial de transmissão entre humanos.

O infectologista Leonardo Weissmann, professor da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), afirma que o risco atual de infecção direta em humanos é baixo, mas que o monitoramento deve ser contínuo. Ele ressalta que eventos recentes nos Estados Unidos demonstram aumento no número de casos e justificam atenção ampliada sobre a circulação do vírus entre espécies distintas.

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