ARTIGO

Tudo a

Por Walter Naime |
| Tempo de leitura: 3 min

A onda a – "Chuá-á-á"! Como uma onda no mar... como uma onda no mar, jogando você daqui para lá e de lá para cá.

A fome a – Enquanto houver comida, mesmo que para isso seja com um doce chamado "mata fome", da fábrica de doces Martini.

A sede a – Enquanto houver água para beber, e seja potável reforçando a certeza de não nos fazer mal.

O trem a. Piuíí – piuíí! Enquanto isso, você que está sentado ao lado da janelinha do vagão apreciava as paisagens, os campos, os animais, as flores nos caminhos que a vida percorre. Piuíí – piuíí!

O ônibus a – Enquanto houver ageiros.

O ferro a. Xi-i-i-i! Queimou porque foi esquecido ligado. O ferro frio exige muito fogo para mudar de forma. Einstein disse que é mais fácil quebrar um átomo do que mudar um costume. Não vou tentar.

A alegria a – Quá-quá-quá! Que na linguagem moderna da comunicação se escreve k-k-k, que continua alegre.

Quá-quá-quá". O resto não tem graça.

A lembrança a. Esqueci, esqueci. Estou tomando remédio para lembrar, mas o que você me perguntou mesmo???

A dor não a. Ai, ai, ai! Que chato que é esperar que hoje eu estaria melhor. E que a velocidade da natureza para se recompor é lenta, diferente da velocidade da nossa vontade. Ai, ai, ai!

A uva a. Que “doçura doce” mais do que a da uva normal provoca tosse que não a.

O exemplo a. O quê-ê-ê?!! Porém é mais resistente ao esquecimento.

O rio a. Desviando dos obstáculos, movidos pela força da gravidade a correnteza flui se equilibrando ao chegar ao mar que absorve toda a potência do mesmo num gesto de obter a paz do movimento.

A memória a. Não me lembro mais e ainda não estou com a doença que o "gigante" Alzheimer, com grande mérito descobriu. Às vezes esquecer é uma bênção, com raras exceções, pois as lembranças que machucam não têm utilidade para a dor.

A chuva a. O vento levou! Ele carrega tudo mas ficou na história do cinema. O vento levou e o vento trouxe de volta os muitos momentos para alegrar os nossos dias.

A covid a. Será? Será? Será? Suas sequelas para os que ficaram, permanecem e ouvi dizer que está sendo substituída por coisa pior, como acontece na política que dizem a mesma coisa. Será? Será? Será?

O bom barqueiro a. Porque tem licença para ar tendo mulher e filhos que precisa sustentar. É um cântico infantil que você pode cantar comigo. a, a, bom barqueiro; licença para ar!

A vida a. Vapt-vupt disse o Chico Anysio. Nem percebi. Fui!!! Porque não adianta esperar o que já ou.

A ambulância a. Enquanto houver sirene, pois quando não, com o trânsito congestionado, entrará nos engarrafamentos que acontecem a toda hora, não tendo mais o recurso de abrir alas.

O ado ou. Nem vi, mas procurei entender.

A morte encerra. Enterra e pronto!! Se você não estiver satisfeito reclame para o coveiro.

A história fica. Não sei quanto mais! Se por acaso você puder calcular eu dispenso meu computador.

A esperança brota. Sempre, sempre, sempre!

Mas antes de tudo isso viva a vida!!!

Nada do que foi será!!! Aguardando um novo por vir. Nada do que foi será!!!

--------------

Os artigos publicados no Jornal de Piracicaba não refletem, necessariamente, a opinião do veículo. Os textos são de responsabilidade de seus respectivos autores.

Comentários

Comentários