
A indefinição nas negociações salariais entre as empresas do transporte coletivo e os motoristas e cobradores de São José dos Campos e Jacareí pode resultar em novos atrasos na operação dos ônibus nos próximos dias. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário, as empresas ainda não apresentaram uma contraproposta para as reivindicações da categoria, o que tem gerado crescente mobilização entre os profissionais.
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Uma nova rodada de negociações está marcada para a próxima segunda-feira, 10 de junho, e o sindicato já sinaliza que poderá convocar assembleias após o encontro, dependendo do desfecho das conversas.
“O sindicato segue aberto ao diálogo. Não queremos chegar ao ponto de uma greve, mas os trabalhadores estão mobilizados e esperam responsabilidade por parte dos empresários”, afirmou Ronaldo Costa, presidente do sindicato.
O dirigente também criticou a postura das empresas, destacando que os grupos operam com lucro e poderiam avançar nas propostas sem comprometer os direitos trabalhistas. “Não vamos aceitar reajustes abaixo da inflação. O patrão precisa entender que quem gera lucro é o trabalhador”, reforçou.
Ainda segundo Ronaldo, o sindicato intensificará as ações de mobilização caso não haja avanço nas negociações. Assembleias nas garagens poderão ocorrer nos próximos dias, e caso uma paralisação seja inevitável, a entidade promete ampla comunicação com a população. “Se for preciso, vamos para as ruas. O trabalhador está firme e consciente. Chega de promessas vazias”, declarou.
Zé Carlos, diretor da subsede da CUT em São José dos Campos, afirmou que a categoria está pronta para tomar decisões coletivas após a reunião do dia 10. “Vamos nos reunir com a diretoria e com a base para definir os rumos da campanha. Estamos firmes”, disse.
O sindicato também fez um alerta para que os trabalhadores não se deixem levar por informações falsas que possam circular nos próximos dias. “Apenas os canais oficiais do sindicato devem ser considerados. Não vamos tolerar boatos ou fake news”, finalizou o presidente.
Caso não haja avanço nas negociações, uma greve geral do transporte coletivo nas duas cidades não está descartada. A paralisação, se ocorrer, poderá afetar diretamente milhares de usuários que dependem do transporte público diariamente.