EDUCAÇÃO

FVE diz que não tem fins lucrativos e déficit é 'insignificante'

Por Xandu Alves | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução
Prédios da Univap em São José dos Campos
Prédios da Univap em São José dos Campos

Após registrar déficit de quase R$ 1 milhão em 2024, depois de superávit de R$ 38,2 milhões anteriormente, a FVE (Fundação Valeparaibana de Ensino) disse que é uma “instituição sem fins lucrativos” e reforçou a “insignificância do déficit”, que foi de R$ 995 mil.

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A FVE é mantenedora da Univap (Universidade do Vale do Paraíba), dos Colégios Univap e do Parque Tecnológico Univap.

“O objetivo institucional da Fundação não está pautado na geração de lucro ou superávit, mas sim na ampliação e no aprimoramento contínuo de sua missão educacional e social”, disse a Fundação, em nota.

O prejuízo ocorre após uma sequência de superávits. Em 2023, o superávit reportado pela FVE foi de R$ 1,92 milhão, enquanto, em 2022, atingiu um saldo positivo de R$ 38,3 milhões. Entre 2022 e 2024, a FVE despencou de R$ 38,3 milhões de superávit para R$ 995 mil de déficit, de acordo com os balanços.

Em 2021, a instituição teve superávit de R$ 734 mil. Mesmo no ápice da pandemia do novo coronavírus, a FVE havia ficado no azul, sem registro de déficits.

O desmoronamento nas finanças em 2024 ocorreu mesmo com aumento na quantidade de alunos matriculados na instituição nos últimos anos, segundo a FVE. No entanto, o patamar de alunos matriculados antes dos impactos da pandemia da Covid-19 ainda não foi totalmente recuperado.

Os dados mostram que o número de alunos de 2020 (6.508) caiu para 6.043 em 2021, com uma retomada nos anos seguintes: 6.069 em 2022, 6.208 em 2023 e 6.378 em 2024.

A instituição informou que o ano de 2024 foi “marcado pela continuidade do processo de recuperação no número de alunos, atingindo 98% do total registrado em 2020”.

A recuperação, acrescentou a FVE, “consolida a trajetória de crescimento iniciada em 2023, após as perdas significativas observadas em 2021, em decorrência da pandemia e de seus efeitos prolongados”.

A Fundação afirmou ainda que todas as receitas devem ser “integralmente reinvestidas em suas finalidades institucionais”, que são "Educação, Pesquisa, Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento, Inovação Científico-Tecnológica e interação com a comunidade por meio da Extensão".

Equilíbrio financeiro.

Em virtude dessa natureza, a FVE informou que “não se espera a obtenção de grandes superávits, mas sim resultados próximos ao equilíbrio financeiro”.

E explicou: “No exercício de 2023, foi apurado um superávit da ordem de 1% da receita bruta, enquanto em 2024 se observou um déficit de aproximadamente 0,6%, evidenciando o equilíbrio financeiro buscado”.

“Ressalta-se que, no exercício de 2022, a Fundação registrou um superávit significativamente superior à média histórica, decorrente da alienação de ativos inoperantes, cuja venda foi aprovada pelos conselhos institucionais, permitindo a destinação dos recursos obtidos ao fortalecimento de suas atividades fim”, afirmou a FVE.

Em 2024, a Fundação disse que também foram feitos investimentos em infraestrutura nas unidades mantidas, com reforma de salas e espaços, aquisição de microcomputadores para a montagem e atualização de laboratórios, além da aquisição de 710 carteiras para substituição nos colégios de educação básica, parte do total de 2.310 carteiras substituídas, cuja troca se iniciou em 2023.

Sobre a expectativa do resultado financeiro em 2025, a FVE disse que “muitos investimentos executados em 2024 para atender a quantidade enorme de ações” não ocorrerão em 2025.

“Como exemplo temos gastos em reestruturação, treinamentos, lançamentos de novos cursos, implantação da modalidade a distância, etc. o que abrirá espaço para novos projetos e manutenção do equilíbrio financeiro. Espera-se, contudo, a continuidade do crescimento do alunado, o que restará por representar crescimento na Receita, possibilitando à FVE novos investimentos nas suas atividades fim”, informou.

“A Fundação tem implementado uma série de iniciativas estratégicas voltadas à sua sustentabilidade e perpetuidade institucional. Entre essas ações, destacam-se os programas de captação de alunos, a otimização do uso de ativos, o aumento da efetividade na arrecadação de receitas, o programa ‘Sugestões da Comunidade Interna’ e a adoção de medidas de austeridade no controle das despesas, entre outras”, explicou.

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