
A elaboração do projeto executivo da segunda fase da Linha Verde, em São José dos Campos, vai atrasar mais um mês.
Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp
Firmado em maio de 2023 pela Prefeitura com o consórcio formado pelas empresas ABS e Multiplano, o contrato previa que o projeto ficaria pronto até o início de dezembro de 2023. Após seis prorrogações, o novo prazo ou a ser 30 de junho de 2025 - quando o atraso chegará a 19 meses.
Em novembro de 2023, na primeira prorrogação, o contrato já havia ficado 9,6% mais caro, ando de R$ 2,138 milhões para R$ 2,346 milhões. Agora, o valor está em R$ 2,425 milhões.
Questionada sobre o atraso, a Prefeitura afirmou que o projeto "apresentou imes em relação às redes das concessionárias existentes no entorno, entre eles as obras de ampliação da Via Dutra pela CCR Rio SP, que interferem diretamente no traçado e nos os da nova via", e que, "objetivando as distâncias de segurança das torres de transmissão de energia, o projeto obteve uma alteração substancial no traçado, sendo prevista a compactação da rede da EDP e não mais o enterramento da rede da CTEEP, conforme inicialmente previsto".
A Prefeitura alegou ainda que "o desenvolvimento do projeto deparou-se com desníveis acentuados no relevo natural do traçado proposto com uma amplitude superior a 37 metros, situação esta que acarreta um estudo minucioso de terraplanagem versus a necessidade de implantação de obras de arte especiais (viadutos), contribuindo assim para a prorrogação do prazo do projeto devido à necessidade de se equiparar a alternativa de menor custo para a municipalidade, respeitando os aclives e declives do sistema viário previstos em lei".
Segunda fase.
Após a conclusão do projeto executivo, será aberta uma segunda licitação, dessa vez para contratar a empresa que ficará responsável pela obra, cuja execução deve demorar mais 18 meses. Segundo anúncio feito em abril de 2023 pelo governo Anderson Farias (PSD), a segunda fase da Linha Verde tem um custo estimado de R$ 350 milhões, sendo R$ 150 milhões do governo estadual e R$ 200 milhões da Prefeitura.
Essa segunda fase da Linha Verde consiste no Anel Viário Leste, que vai ligar a região central ao Parque Tecnológico, com 12,7 quilômetros de extensão, sendo sete deles em área da CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista) - o trajeto vai sair da Rodoviária Nova e ará por corredores como a Via Cambuí e as avenidas Tancredo Neves e Benedito Friggi.
Ao contrário da primeira fase da Linha Verde, em que foram construídas vias exclusivas para os VLPs (Veículos Leves sobre Pneus), nessa segunda fase os novos trechos poderão ser utilizados por todos os veículos, inclusive os particulares. A ideia da nova via é permitir a interligação de toda a cidade sem a necessidade de uso da Dutra.
Primeira fase.
Com 14 meses de atraso, a primeira fase da Linha Verde teve o traçado completo liberado no início de dezembro de 2022, com as duas últimas estações de embarque e desembarque.
O traçado de 17 quilômetros liga o Campo dos Alemães ao Terminal Intermunicipal e ao Centro. A obra da primeira fase, que custaria inicialmente R$ 55,832 milhões, ficou em R$ 77,83 milhões. Desse valor, R$ 30 milhões foram aportados pelo governo estadual e o restante pelo município.
Somados todos os contratos, o custo da primeira fase da Linha Verde foi de R$ 193 milhões. O cálculo inclui R$ 60,9 milhões com desapropriações, R$ 39 milhões para a compra de 12 VLPs e equipamentos de recarga das baterias, R$ 5,459 milhões pela supervisão da obra, R$ 7,8 milhões pelas estações e R$ 2 milhões para a rede semafórica inteligente nos cruzamentos com as vias.