
Deputadas estaduais da Assembleia Legislativa de São Paulo foram alvo de ameaças graves. Todas as parlamentares receberam, por e-mail, uma mensagem com conteúdo violento, que incluía ameaças de morte e estupro. O texto, ofensivo e discriminatório, mencionava algumas deputadas de forma direta e continha termos misóginos, racistas e capacitistas.
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O episódio foi denunciado à Polícia Civil e à presidência da Assembleia. Até o momento, nem a Secretaria da Segurança Pública nem a Alesp haviam se manifestado oficialmente sobre o caso.
Em nota conjunta, as parlamentares repudiaram a mensagem e afirmaram que se trata de uma tentativa clara de intimidar e silenciar mulheres que ocupam posições de liderança política. Elas reforçaram a necessidade de políticas públicas mais firmes para combater a violência política de gênero.
A deputada Andréa Werner (PSB) classificou o ataque como uma afronta ao direito das mulheres de exercerem cargos no Legislativo. “Somos apenas 24 mulheres entre 94 deputados. A mensagem também representa um ataque direto a pessoas com deficiência, negras e idosas — grupos historicamente marginalizados no país”, declarou.
Ainda segundo Werner, o episódio evidencia a urgência de medidas mais rigorosas para fiscalizar o uso de plataformas digitais e aplicativos de mensagens. “Não podemos permitir que criminosos continuem agindo impunemente, seja no meio digital ou fora dele”, concluiu.