EDITAL QUESTIONADO

Cidade Inteligente: TCE suspende licitação do CSI de São José

Por Julio Codazzi | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação/PMSJC
Edital prevê aumento no número de câmeras de vigilância, que ariam das atuais 1.200 para 1.691
Edital prevê aumento no número de câmeras de vigilância, que ariam das atuais 1.200 para 1.691

O TCE (Tribunal de Contas do Estado) determinou a suspensão da licitação do programa Cidade Inteligente, da Prefeitura de São José dos Campos, que engloba as câmeras de monitoramento do CSI (Centro de Segurança e Inteligência). A abertura das propostas estava marcada para essa quarta-feira (28).

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A suspensão foi determinada pelo conselheiro Marco Bertaiolli, após três empresas apontarem supostas falhas no edital, que restringiriam a participação de possíveis concorrentes. "Exame preliminar da argumentação exposta nas iniciais e do caderno de convocação autoriza presunção de que ao menos parte das disposições impugnadas encerra potencial para promover afronta à legislação e a precedentes deste Tribunal, recomendando seja dado curso à devida averiguação", apontou o conselheiro, que determinou que a Prefeitura preste esclarecimentos em até 10 dias úteis.

Questionada pela reportagem, a Prefeitura afirmou que "está analisando a decisão e prestará todos os esclarecimentos ao TCE".

Licitação.

Criado em 2019, o programa envolve uma série de ações, desde interligação semafórica e sinal de internet em prédios públicos e escolas municipais, até as câmeras de monitoramento do CSI.

Segundo o edital, o novo contrato custaria até R$ 91,8 milhões ao longo de cinco anos - o que representaria até R$ 18,3 milhões por ano. A principal novidade seria o aumento no número de câmeras de vigilância, que ariam das atuais 1.200 para 1.691.

A primeira versão do edital havia sido publicada em fevereiro e previa abertura das propostas no início de abril, mas no fim de março a Prefeitura revogou a concorrência após outra empresa fazer uma representação ao TCE - naquela ocasião, como o certame foi revogado antes, o tribunal não chegou a analisar a denúncia.

Assinado em novembro de 2019 com a empresa América Net (agora chamada de Vero), o atual contrato custava inicialmente R$ 9,8 milhões por ano (em valores da época), e custa atualmente R$ 14,1 milhões ao ano. Esse contrato tem validade até março de 2026.

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