PARALISAÇÃO

Revap: 3 mil trabalhadores da construção entram em greve em SJC

Por Jesse Nascimento | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Paralisação foi deflagrada na manhã desta segunda-feira (26), depois de assembleia
Paralisação foi deflagrada na manhã desta segunda-feira (26), depois de assembleia

Mais de 3 mil trabalhadores da Construção Civil, terceirizados em São José dos Campos, entraram em greve na Revap (Refinaria Henrique Lage), da Petrobras. A paralisação foi deflagrada na manhã desta segunda-feira (26), depois de assembleia realizada pelo Sintricom (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil), na portaria da refinaria.

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Na última sexta-feira (23), os trabalhadores aprovaram o estado de greve, uma vez que votaram contra a proposta apresentada pelas empresas terceirizadas, que prestam serviço à Petrobras na Revap.

A proposta rejeitada previa apenas a reposição da inflação com base no INPC. Os trabalhadores, no entanto, exigem um reajuste que contemple 100% do INPC mais 5% de aumento real, fim da escala 6x1 e compensação aos sábados, jornada de 40 horas semanais, pagamento de PLR (Participação nos Lucros e Resultados), reajuste nos vales alimentação e refeição, cesta natalina, melhoria nos equipamentos de proteção individual, serviços como café da manhã e segurança no trabalho e auxílio-creche, fornecimento de uniforme, protetor solar e repelente contra a dengue.

Durante a assembleia, os trabalhadores terceirizados da Revap contaram com forte apoio de entidades sindicais do Vale do Paraíba e de outras regiões do Estado de São Paulo, como da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

Segundo o presidente do Sintricom, Marcelo Rodolfo da Costa, o apoio das demais categorias é essencial para o avanço da campanha salarial. “Esse apoio é fundamental para que a gente consiga manter a mobilização forte. Os trabalhadores deixaram claro que não aceitarão apenas a reposição inflacionária. Querem aumento real e valorização dos seus direitos”.

Sabendo da situação e tendo recebido o aviso de greve na última sexta, as empresas que prestam serviço para a Petrobras protocolaram uma ação liminar no Tribunal Regional do Trabalho em Campinas no qual pedem que a Justiça reconheça o trabalho na Revap como essencial. A audiência de conciliação ficou marcada para a próxima quarta-feira (28).

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