
A Embraer acertou a venda de 15 jatos E-190-E2 para a empresa japonesa ANA (All Nippon Airways), com a possibilidade de venda de mais cinco aeronaves. O negócio gira em torno de R$ 10 bilhões e foi fechado durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Japão.
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Os detalhes do negócio foram dados em Tóquio, nesta quarta-feira (26), pelo presidente e CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, e pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
Lula anunciou a venda durante o encerramento do Fórum Empresarial Brasil - Japão, que contou, além da presença do presidente do Brasil e do primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, com empresários de diversos setores.
“Significa o equivalente a quase 10 bilhões de reais em investimentos que a companhia aérea japonesa está fazendo na Embraer. Esse trabalho comercial que está sendo feito hoje, do governo do presidente Lula com a Embraer, tem sido importante e estratégico para o desenvolvimento da aviação brasileira”, afirmou Costa Filho.
“A Embraer está muito feliz com essa venda de até 20 aviões. A ANA, além de ser a maior empresa aérea do Japão, tem uma imagem muito forte no setor da aviação. Essa decisão pelos aviões da Embraer reforça e endossa o produto, e vai ser importante para a gente entrar em outras linhas aéreas, de outros países”, reforçou Gomes Neto.
O presidente Lula, durante discurso aos empresários, ainda brincou ao dizer que as vendas poderiam ser ainda mais extensas. "A Embraer tornou-se a terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo e tem mercado importante aqui no Japão. Posso dizer ao primeiro-ministro Ishiba que são de muita qualidade os aviões da Embraer. Quem compra 20 pode comprar um pouco mais e quem sabe todas as empresas japonesas podem voar de avião da Embraer", disse.
O presidente da Embraer lembrou que a venda dos aviões da empresa brasileira ao país asiático está amparada por um serviço de e técnico no Japão.
“Temos e aqui, oficinas de aviões. Tem 50 aviões que operam aqui há mais de 15 anos e atendem a 30 cidades. Os aviões que operam aqui têm uma disponibilidade altíssima, 99,8% de disponibilidade. Ou seja: é um trabalho muito bom que é feito conjuntamente entre a Embraer e os clientes que operam os aviões.”
Combustível.
Outro ponto destacado pelo ministro brasileiro abrange a negociação em curso para que o setor de aviação japonês possa adotar o SAF (Combustível Sustentável de Aviação) em suas operações.
O SAF é o combustível alternativo ao combustível aeronáutico de origem fóssil, produzido a partir de matérias-primas e processos que atendam a padrões de sustentabilidade.
Ele pode ser de diferentes fontes, como resíduos da agricultura, óleo de cozinha usado, gorduras, cana-de-açúcar, milho, entre outros, e pode ser usado puro ou misturado, conforme especificações técnicas de segurança, e o Brasil tem ampla expertise no tema.
“Avançamos também num convênio de cooperação, num acordo de cooperação do SAF, que é o Combustível do Futuro, o combustível verde. As companhias aéreas japonesas têm total interesse em poder voar através do SAF e o Brasil tende a ser, no futuro, um grande exportador desse combustível”, frisou Costa Filho.
“Além disso, a gente está trabalhando ao lado de ministros do Japão e com o primeiro-ministro para que 10% do combustível aqui no Japão possa ser fruto de etanol. Além de a gente potencializar o combustível da aviação aérea no Japão, a gente também está estimulando a indústria sucroenergética do Brasil, que dialoga com a sustentabilidade, com esse combustível do futuro que o Brasil tem apresentado ao mundo”, completou o ministro.
Comentários
1 Comentários
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MIGUEL KERCHNER PORTELA 26/03/2025Essa vou acompanhar de perto ...kkkkkkkkkkkkkkk