01 de junho de 2025
QUEDA E FRATURAS

Suspeito de agredir idoso se apresenta à polícia e nega empurrão 5722o

Por Laís Bachur |da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Laís Bachur/GCN
Acusado, de capuz branco e máscara, chegando à J para se apresentar à polícia

O gerente de obras Felipe Bizon de Andrade, de 36 anos, acusado de agredir o idoso Marcos Antônio de Andrade, de 80 anos, na Vila Santa Cruz, em Franca, se apresentou na manhã desta terça-feira, 27, na J (Central de Polícia Judiciária) da cidade. Durante o depoimento, ele negou ter empurrado o idoso, que sofreu fraturas no braço e perna. 372v17

Segundo o delegado responsável pelo caso, Davi Abmael Davi, o acusado alegou que havia, há cerca de três meses, combinado com o idoso o uso temporário de água e energia elétrica para a realização de uma obra vizinha. Tudo teria transcorrido bem até o dia da discussão.

De acordo com sua versão, no dia do ocorrido, o idoso foi até ele cobrar o pagamento combinado. Felipe afirmou ter quitado a dívida diretamente com a neta do idoso, mas Marcos discordou e insistiu na cobrança, ficando exaltado.

Ainda no depoimento, Felipe relatou que o idoso teria apontado o dedo para seu rosto e feito ofensas. Em resposta, diz que cruzou os braços e encostou o corpo, pedindo que o idoso se afastasse. Nesse momento, segundo ele, Marcos teria tropeçado e caído, negando qualquer ato de empurrão.

Contudo, o delegado destaca que a versão não condiz com as imagens de câmeras de segurança que registraram o momento da agressão. “As imagens mostram que houve, sim, uma ação física do autor contra o idoso, com os braços fechados, o que foi suficiente para arremessá-lo ao chão”, afirmou.

O delegado também acrescentou que, no vídeo, não é possível observar qualquer gesto da vítima apontando o dedo para o acusado no momento da queda. “Se houve esse gesto, foi em outro instante que não aparece na gravação”, completou.

Questionado sobre não ter prestado socorro após a queda do idoso, Felipe disse que a vítima continuava alterada e que, ao ver outra pessoa se aproximando, decidiu se afastar para evitar que a situação piorasse.

A Polícia Civil aguarda agora o laudo pericial que determinará a gravidade das lesões. Segundo o delegado, se o laudo confirmar que as fraturas são gravíssimas, a pena pode ser ampliada, podendo até dobrar. “De forma clara, pelo fato de ter ocorrido fratura exposta, o crime já é considerado grave. Caso seja constatada gravidade maior, a responsabilização será ainda mais severa”, concluiu Davi.

O idoso segue internado na Santa Casa de Franca, em recuperação.