
O Ministério Público do Estado de São Paulo, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), deflagrou a segunda fase da Operação Castelo de Areia, em conjunto com a Polícia Militar, visando desarticular uma quadrilha de agiotas que atua em Franca e região. A ação, realizada nesta terça-feira, 3, cumpre 17 mandados de prisão temporária e 22 mandados de busca e apreensão nas cidades de Franca e Ribeirão Preto.
A organização criminosa é investigada desde o final de 2022 por emprestar dinheiro a juros abusivos, utilizando violência e ameaças graves como forma de cobrança. Segundo o Gaeco, o esquema movimentou, apenas nos últimos quatro anos, aproximadamente R$ 31 milhões, sem contar os R$ 36 milhões relacionados a réus já condenados em etapas anteriores .
Segundo o Ministério Público, parte dos lucros era reinvestida no próprio negócio criminoso e outra parte era utilizada para lavagem de dinheiro por meio de empresas de fachada, veículos de luxo e imóveis. Um dos envolvidos é um ex-policial civil de Franca que, de acordo com as investigações, já atuava no esquema enquanto ainda estava em exercício da função.
Condenações
Na primeira fase da operação, sete membros da organização foram julgados e condenados a 20 anos de prisão em regime fechado. Os condenados são: Evanderson Lopes Guimarães, Douglas de Oliveira Guimarães, Ezequias Bastos Guimarães, Ronny Hernandes Alves dos Santos, Rogério Camilo Requel (ex-policial civil), Bruno Bastos Guimarães e Leomabio Paixão da Silva. A sentença também determinou o pagamento de 80 dias-multa para todos os réus e o confisco de valores bloqueados das contas dos réus e de cinco imóveis adquiridos com recursos da atividade ilícita.
Ação continuou após prisões
As investigações revelaram ainda a continuidade das atividades ilícitas mesmo após as primeiras prisões, com novos integrantes atuando na cobrança violenta de dívidas - inclusive com ameaças de morte. Conversas interceptadas apontam que os criminosos se sentiam imunes à Justiça, afirmando que seguiriam impunes e que "barganhariam suas liberdades nos tribunais pátrios".
O Ministério Público destaca a agressividade do grupo e a ousadia com que desafiavam autoridades. Além da prisão de novos integrantes, os mandados de busca e apreensão visaram coletar provas adicionais das práticas criminosas e movimentações financeiras suspeitas.
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Comentários
2 Comentários
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EU EUE EU 2 dias atrásVão todos pra ruas daqui a pouco kkkkkkk
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Stardust 2 dias atrásJaula!