JUSTIÇA

Família espera 13 anos por justiça após morte em abordagem

Por Pedro Dartibale | da Redação
| Tempo de leitura: 1 min
Sampi/Franca
Reprodução/Redes Sociais
Célio Nunes de Oliveira, de 41 anos, com sua filha ainda pequena
Célio Nunes de Oliveira, de 41 anos, com sua filha ainda pequena

Treze anos após a morte do vendedor de calçados Célio Nunes de Oliveira, de 41 anos, natural de Franca, o caso finalmente será julgado. O policial militar acusado pelo homicídio doloso irá a júri popular nesta segunda-feira, 26, no Tribunal do Júri em Bicas, Zona da Mata, em Minas Gerais.

O crime ocorreu em maio de 2012, poucas horas após Célio chegar à cidade mineira para trabalhar. Na última ligação feita à família, ele informou que iria jantar e se hospedar em um hotel. Horas depois, foi morto com um tiro disparado durante uma abordagem policial no centro da cidade.

Inicialmente, o PM alegou que a vítima tentou sacar uma arma, justificando o disparo como legítima defesa. No entanto, imagens de câmeras de segurança contradizem essa versão. Os vídeos mostram o momento em que Célio é abordado e baleado, além do policial retirando objetos dos bolsos do vendedor, como o celular, antes de colocar o corpo na viatura.

Outro ponto que levantou suspeitas foi a forma como o caso foi conduzido. Segundo a família, Célio deu entrada no hospital como indigente, sem identificação, e os parentes só foram informados sobre a morte cerca de 12 horas depois. “Essa ação do policial serviu para retardar ao máximo a identificação e a mobilização da família”, afirma Wellington César de Oliveira, irmão da vítima, em entrevista à TVJF.

Ao longo dos anos, a família de Célio Nunes de Oliveira buscou justiça por meio de manifestações, vídeos e publicações nas redes sociais. A filha da vítima, Yasmin, tinha apenas 8 anos na época do crime.

Agora, o julgamento do sargento é visto pelos familiares como um o importante no reconhecimento da verdade e na busca por justiça. “Só queremos que a justiça seja feita”, disse Wellington.

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Comentários

3 Comentários

  • Marcos José Simões Antunes 5 dias atrás
    Um rapaz cheio de vida, profissional de talento. Fou brutalmente assassinado sem ter o direito de se defender. Um desastre total, deixou filha de 8 anos, Pai e Mãe velhinhos e irmãos infonformados. Lamentável.
  • Anderson F. Costa 26/05/2025
    Que a justiça seja feita!
  • Marco 26/05/2025
    Tenho medo desta policia.