INCLUSÃO

Franca tem mais de 3,6 mil pessoas com diagnóstico de autismo

Por Pedro Dartibale | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Sampi/Franca
Divulgação/Instituto Lalá
Atividades do Instituto Lalá – Centro de Desenvolvimento Humano.
Atividades do Instituto Lalá – Centro de Desenvolvimento Humano.

Segundo dados inéditos do Censo Demográfico de 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil registrou 2,4 milhões de pessoas com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), o que representa cerca de 1,2% da população total do país. Em Franca, 3.621 moradores declararam ter recebido o diagnóstico, sendo 1.983 homens e 1.638 mulheres.

Este é o primeiro censo nacional a incluir perguntas específicas sobre o TEA, com base em relatos da população que recebeu diagnóstico feito por profissionais de saúde. Os dados indicam não apenas a crescente visibilidade do autismo na sociedade, mas também o avanço no o ao diagnóstico e a serviços especializados.

Para a psicopedagoga Flávia Lima, de 27 anos, que atua há sete anos com alunos com TEA e demais deficiências, o aumento no número de diagnósticos é reflexo direto de uma maior conscientização da sociedade e do avanço das políticas públicas voltadas à saúde e educação.

“A ampliação do espectro e das definições de autismo permitiu identificar características que antes avam despercebidas. Hoje, mais famílias têm a oportunidade de buscar um diagnóstico precoce e iniciar intervenções adequadas”, destaca Flávia.

Ela ainda ressalta que o crescimento é mais visível entre crianças e adolescentes na faixa de 6 a 14 anos, grupo que concentra a maior parte dos estudantes com TEA devido à alta taxa de escolarização.

“É urgente que as escolas estejam preparadas para acolher esses alunos. Precisamos de políticas públicas que garantam o o e a permanência no ambiente escolar. Isso inclui a formação contínua de professores e a construção de ambientes verdadeiramente inclusivos”, reforça a especialista.

O desafio agora, ainda segundo Flávia, está em transformar os dados em ações concretas.

"Em cidades como Franca, que já demonstra uma presença significativa de pessoas com TEA, a demanda por serviços especializados, e educacional e formação profissional tende a crescer nos próximos anos", concluiu Flávia.

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Comentários

1 Comentários

  • Juliana 24/05/2025
    Vamos ver se diante desses dados prefeitura toma alguma providência para melhorar as condições das crianças nas escolas. Sr. prefeito usou essa causa para fazer campanha eleitoral, mas a realidade que temos hoje é um apoio para três crianças que desregulam e ninguém sabe como lidar com a situação. O ambiente escolar, nas escolas públicas, está caótico e não é adequado para atender as necessidades de nossas crianças autistas; falta investimento e profissionais capacitados. Senhores vereadores deveriam investigar melhor essa situação: nos bastidores contratos de apoio milionários e profissionais que ganham salários míseros, com condições de trabalho insalubres.