AMPLIAÇÃO

Entidade que acolhe dependentes químicos pede apoio à Câmara

Por Pedro Baccelli | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Sampi/Franca
Divulgação/Câmara Municipal de Franca
Da esquerda para a direita: padre Marco Antônio, Denis Antônio, Emerson Costa e Mariane Aparecida
Da esquerda para a direita: padre Marco Antônio, Denis Antônio, Emerson Costa e Mariane Aparecida

Vencer o vício é, sem dúvida, um dos maiores desafios - mas está longe de ser o único. A reintegração social de pessoas que concluíram o tratamento contra a dependência química é uma luta diária, especialmente quando não é seguro para elas voltarem ao ambiente de origem. Nesse momento, entram em cena verdadeiros anjos da guarda, como os da Casa de Apoio Dom Pedro Luiz.

Durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Franca, realizada na terça-feira, 20, o padre Marco Antônio Gimenes Garcia destacou o trabalho que a instituição realiza há 13 anos e pediu o apoio dos vereadores para ampliar a estrutura de atendimento. A casa tem capacidade para acolher 17 pessoas, e o objetivo é ampliar o atendimento para até 40 pacientes. 

“Eu comecei a ver a necessidade de pessoas que concluíam o tratamento de dependência química e não tinham para onde ir, ou não era conveniente voltarem ao lugar de origem. (...) É um trabalho muito personalizado; a gente acompanha cada um em particular; é uma obra de caridade e misericórdia”, disse o padre Marco Antônio, fundador da instituição.  

O projeto de ampliação da estrutura apresentado durante a sessão ordinária inclui istração, dormitórios, lavanderia, refeitório, sala e salão de reuniões. A obra é orçada em R$ 2 milhões. “É uma obra muito grande; a gente tem um grande trabalho pela frente”, afirmou a assistente social Mariane Aparecida.

O presidente da instituição, Emerson Costa, ressaltou a urgência de implementar ações que promovam a recuperação e a reintegração social dessas pessoas. “Nós entendemos que é uma situação emergente; não dá para esperar mais; nós precisamos atuar com mais convicção, tirar essas pessoas das ruas, dar uma oportunidade de trabalho e ressocialização a essas pessoas”.

O trabalho realizado na Casa de Apoio Dom Pedro Luiz já transformou vidas, como a de Denis Antônio. Ele usou a tribuna livre para compartilhar sua história de recuperação. “Eu sou a prova viva disso. Hoje eu exerço um cargo de comando em uma grande empresa do varejo brasileiro, casei-me e tenho um filho de 3 anos e meio. Eu ei por muita coisa”.

Câmara Municipal

Vereadores manifestaram apoio à causa, entre eles Gilson Pelizaro (PT), que garantiu colaboração financeira. “Neste ano, alocarei emendas da minha parte para ajudá-los.”

Fransérgio Garcia (PL) destacou a criação de uma frente parlamentar para tratar da questão dos moradores de rua. “É um dever nosso, enquanto vereadores, apoiar esta iniciativa, este projeto.” Kaká (Republicanos) completou abordando as dificuldades do processo de reinserção social. “A reinserção social é a mais difícil, pois é um choque térmico.”

Por fim, outra parlamentar a apoiar a causa foi Marília Martins (PSol). “Se queremos resolver, de fato, o problema das pessoas em situação de rua, precisamos começar a dar oportunidades.”

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