CASO FUNDEB

Câmara de Cristais aprova nova contra prefeito Elson Gomes

Por N. Fradique | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Rede Social
Elson Gomes, prefeito de Cristais Paulista
Elson Gomes, prefeito de Cristais Paulista

A Câmara Municipal de Cristais Paulista aprovou a abertura de uma Comissão Processante contra o prefeito Elson Gomes (MDB), durante sessão extraordinária nessa quarta-feira, 21. A votação ficou 6 a 3 a favor da investigação contra o prefeito.

A denúncia feita por Tamara Raiz, ex-secretária de Educação e professora do município, é referente a possíveis irregularidades envolvendo recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), com a istração transferindo verba da pasta para o caixa da Prefeitura, o que não é permitido por lei federal.

A Câmara já havia discutido a abertura de uma sobre o mesmo assunto contra Elson em março deste ano, mas a denúncia foi rejeitada pelo próprio Legislativo. Desta vez, a denúncia abrange outros pontos, entre eles pagamentos de FGTS, valores e datas, que não conferem. O novo documento mantém os questionamentos sobre as transferências de verbas no período de agosto de 2023 a dezembro de 2024, movimentando um montante de R$ 3,6 milhões.

Denílson Carvalho, advogado de Tamara Raiz, disse nesta quinta-feira, 22, que a nova denúncia mostra 25 transferências irregulares feitas pelo prefeito e acrescenta gastos com folha de pagamento em 2025, sendo próximo de R$ 500 mil em janeiro; R$ 31 mil em março; e mais de R$ 1,2 milhão em abril. “São gastos completamente destoantes e sem qualquer padrão. Esperamos que a Câmara fiscalize e julgue o prefeito pelo cometimento de, pelo menos, três infrações político-istrativas", disse o advogado.

A Comissão Processante tem 90 dias para concluir os trabalhos. Os vereadores membros da Comissão são: Charles Gonçalves Peres (PL), presidente; Marilene Ferreira (MDB), relatora; e Ana Lívia Ponce Pereira (PSB), membro.

Logo após a publicação da reportagem, Elson respondeu que recebeu com tristeza a abertura da Comissão Processante, principalmente por perceber que se trata de uma “vingança pessoal” por parte da denunciante. Apesar disso, o prefeito disse respeitar a decisão da Câmara Municipal. “Fui vereador e tenho muito respeito pelo Poder Legislativo e sei que esse é um direito e uma prerrogativa legítima da Casa.”

“Estou tranquilo, porque sei que não cometemos nenhum erro, nossa istração é pautada pela transparência e pelo respeito aos princípios da istração pública e, durante esse período, vamos esclarecer todos os fatos e comprovar que não houve nenhuma irregularidade”, finalizou.

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