Juliana Naiara Augusta Lopes da Silva, de 36 anos, moradora do Jardim Luiza, Zona Norte de Franca, vive um momento que para muitas mães poderia ser de alegria, mas para ela é de medo e incertezas.

Casada e atualmente com três filhos, a dona de casa Juliana enfrenta uma situação que a coloca em uma montanha-russa emocional. Ela está grávida de 27 semanas de gêmeos siameses. São dois bebês do sexo masculino. Juliana vive a incerteza de saber se os gêmeos vão sobreviver.

Gêmeos siameses se desenvolvem quando um embrião precoce se separa parcialmente para formar dois indivíduos. Enquanto os bebês crescem de maneira aparentemente normal, eles estão unidos fisicamente um ao outro, e a certeza de sobrevivência só será confirmada após o nascimento, segundo os médicos.

"Eles são gêmeos, estão crescendo normais, só que estão unidos um ao outro. É só quando nascer pra ver se tem possibilidade de separá-los", conta Juliana.

Pelas informações que os médicos am, as chances são poucas de separação dos gêmeos. Os médicos dizem que é um quadro complexo. Embora exista a possibilidade teórica de separação, trata-se de um caso raro e cheio de dúvidas. "O médico diz que talvez tenha possibilidade depois da criança não resistir, mas ele falou que os bebês estão bem, talvez eles resistam, né", desabafa Juliana.

Diante da situação desafiadora, Juliana enfrenta outras dificuldades. Ela ainda não teve a oportunidade de celebrar a gravidez como muitas mães fazem. Não houve chá de bebê, pois ela pensa apenas em garantir o nascimento deles.

Juliana enfrenta o dilema de um futuro incerto. Não sabe se os bebês precisarão de cuidados intensivos, se precisarão ser transferidos para Ribeirão Preto para cirurgia ou mesmo se terão a oportunidade de viver separadamente.

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