
Kaio Ignácio Rocha, de 28 anos, será julgado por júri popular nesta quinta-feira, 29, no Fórum de Franca. Ele é acusado de matar a própria mulher, incendiando o corpo, em um crime de feminicídio ocorrido em 22 de maio, no Jardim Aeroporto II.
Sara Cristina Candeias Carvalho, de 24 anos, foi morta dentro da própria casa e seu corpo incendiado. Segundo a Polícia Civil, o casal era usuário de drogas e havia usado cocaína e bebidas alcoólicas antes do crime.
Kaio se apresentou voluntariamente na sede da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Franca na manhã do dia seguinte ao crime.
Em depoimento, ele confessou o assassinato.
O crime
De acordo com o delegado Márcio Murari, responsável pela investigação, Kaio relatou que a briga iniciou após a mulher tentar agredi-lo com um serrote. Ele disse que tentou contê-la e acabou a enforcando. Ao perceber que ela não respirava e estava com as mãos roxas, concluiu que ela havia morrido.
“Ele confessa, diz que durante a noite fizeram uso de drogas e bebidas e acabaram se desentendendo. Pela manhã do dia seguinte, ela pegou alguns objetos cortantes e foi pra cima dele. Ele a segurou, no intuito de desacordá-la, enforcando e a esganando. Quando percebeu, ela já estava sem vida”, afirmou o delegado na época.
Em seguida, no que chamou de "desespero", Kaio arrastou o corpo de Sara até a garagem da residência, colocou-o sobre um colchão e ateou fogo.
Após o crime, Kaio pegou a filha de Sara, uma bebê de sete meses, e a deixou na casa de uma conhecida que cuida de crianças. Depois, fugiu para uma área de mata entre Franca e Batatais.
Na noite do mesmo dia, ele retornou a sua casa e, pressionado por familiares e ao saber que era procurado pela Polícia Militar, decidiu se entregar.