Em quatro meses, Bauru saltou de 1.129 casos de dengue confirmados em fevereiro para 10.505 em maio de 2025. No ano ado, esse índice só foi alcançado no final do mês de junho, de acordo com o de Monitoramento do Estado de São Paulo. Para o secretário de Saúde, Márcio Cidade Gomes, a fase mais aguda já ou — portanto, segundo ele, a situação do município deve estabilizar com queda gradual de incidências a partir dos próximos meses.

O público mais atingido pela dengue é o feminino, principalmente nas faixas etárias de 20 a 34 anos e 35 a 49 anos. Juntas, essas elas representam quase 30% do total de casos na cidade, revelam os índices do monitoramento. Há ainda 12.259 suspeitas, seis mortos por dengue e cinco óbitos em investigação. A incidência é de 2.771,8 a cada 100 mil habitantes.

Bauru, aliás, se tornou epicentro do ressurgimento do sorotipo 4 da dengue no Estado de São Paulo, informação que veio à tona em abril após confirmação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Foram constatadas também a presença do sorotipo 3 e dos endêmicos 1 e 2, o que torna Bauru abrigo das quatro variantes da doença viral.

O chefe da Saúde municipal avalia, porém, que a letalidade da dengue é baixa e por isso a adoção de medidas emergenciais se faz desnecessária, apesar de apelos de vereadores. "As ações rotineiras de combate às arboviroses (incluindo a dengue) seguem ativas. Com temperaturas baixas por vir, entraremos em uma curva decrescente de casos (de dengue) nos próximos meses", informou. De fato, o estadual aponta a taxa de mortalidade em 0,06% até o momento.

Márcio Cidade também anunciou que a SMS contratará mais 60 agentes de controle de endemias (ACEs) para auxiliar nas atividades de vigilância em saúde ambiental, como inspeções domiciliares e ações educativas.

O pedido, segundo Márcio, ainda segue sob análise da Secretaria de Finanças com previsão de retorno em até 20 dias. A cidade conta com 167 servidores nesta função, número abaixo do preconizado pelo Programa Nacional de Controle da Dengue, segundo apurou o JC.