NA JUSTIÇA

Após morte da filha internada, mãe pede exumação do corpo

Por Cássia Peres | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Facebook/Divulgação
Mãe e filha à caminho do Hospital Estadual de Bauru (HEB) antes das cirurgias
Mãe e filha à caminho do Hospital Estadual de Bauru (HEB) antes das cirurgias

"Duda era uma menina estudiosa e sonhava em ser blogueira". As palavras de pesar são de Taila Roberta, mãe que perdeu a filha (Maria Eduarda) de 10 anos de idade quando estava internada no Hospital Estadual de Bauru (HEB) no dia 28 de abril. A menina, conta a mãe, teve três paradas cardíacas e paralisação dos rins. O agravamento seria consequência de cirurgia de apêndice, segundo a mãe relata em boletim de ocorrência (BO). Taila afirma que a criança morreu por erro médico e por isso está pedindo na Justiça a exumação do corpo.

Taila contou ao JC que prestou depoimento à Polícia Civil nesta segunda-feira (12) e já deu andamento à burocracia para descobrir se algum órgão da filha foi perfurado pelo médico cirurgião. A mãe quer saber o que realmente fez piorar o quadro da menina.

Além do BO registrado, a família também organizou uma eata, no último domingo (11), que foi Dia das Mães. Aproximadamente 30 carros e motos saíram do cruzamento da avenida Nações Unidas com Rondon com destino ao hospital, onde houve um protesto em frente.

Maria Eduarda era filha do meio, irmã de dois meninos e estudava na Escola Estadual Salvador Filardi. De acordo com a mãe, ela lutou cinco dias para sobreviver. "Ela chegou no hospital com dor de ouvido e voltou dentro de um caixão", lamenta Talia.

Hospital se manifesta

Em e-mail enviado ao JC, o HEB explica expressa solidariedade à família e informa que a instituição iniciou apuração interna para analisar detalhadamente a assistência prestada. "Se constatada qualquer irregularidade, serão tomadas medidas cabíveis. O hospital reforça que permanece à disposição dos familiares para ar os esclarecimentos necessários", conclui o texto.

Histórico do caso

De acordo com o BO, foi no dia 20 de abril que Maria Eduarda Diello Lima reclamou de dores nos ouvidos. A família levou a criança até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bela Vista, onde foi medicada e liberada. As dores persistiram e três dias depois a menina voltou à unidade com uma nova queixa de desconforto na região abdominal. No mesmo dia, foi transferida para o HEB para, segundo o que foi narrado no BO, fazer exame de ultrassom.

Segundo o documento policial, o médico teria feito um raio-X e encaminhado Maria Eduarda para cirurgia por inflamação de apêndice. Ela foi para UTI em seguida e no dia 25 de abril houve mais uma intervenção cirúrgica.

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