Lá se vão eles e elas: embalados em seus medos, mas em busca de resultados para alcançar seus sonhos e, isso, não é segredo.
Eles e os sonhos deixados de lado durante um tempo, pois a corrida era pela sobrevivência: como estudar se precisava trabalhar? Estudar ou sobreviver?
E os sonhos e Elas? Uma ou outra cedo se casava, submissa ao marido, aceitava a decisão, recebia um não quando o assunto era educação.
Outras, tinham também, que cedo trabalhar, quanta pressão... E, ainda, enfrentar a opressão? Por outro lado, durante muito tempo as políticas públicas não reconheciam essa modalidade, mas teve um pernambucano que lutou por esses sujeitos, por mais respeito.
Então, surgiu a EJA! Você conhece? São sujeitos com tantas histórias de um fracassado ado, mas de um presente em busca da vitória. Quem não estuda é como um cego e tem muita gente, que faz questão que você pense: não estudou quando criança pra que estudar agora?
Mas lá no Polo de Alfabetização, chega Dona Maria, que agora vem de ônibus, cheia de vontade e euforia para aprender a ler e a escrever.
E a aula vai começar, quase todos já chegaram, mas alguns não alcançaram o transporte, porque no trabalho atrasaram seu horário.
Os que conseguiram chegar já se adentraram, de repente, depois de um certo tempo...
Escutam o barulho no portão: - Espera professora! Acaba de chegar Seu João! João veio como? - Ah, vou deixar de vir a escola? Não!
João, depois de trabalhar o dia todo na rua vendendo sorvete, pega sua magrela e sai a pedalar, pedalar de um bairro para o outro e, enfim, consegue chegar!
Felizmente tem a EJA!
São tantas Marias e Joãos nomes fictícios, na poesia, mas na realidade, lá estão eles nas salas da EJA e aqui em Bauru, lá estão eles e elas no CEJA!