EDUCAÇÃO

Professora de Penápolis denuncia aluno por injúria racial

Por Guilherme Renan |
| Tempo de leitura: 1 min
Divulgação
Adolescente do 1º ano do ensino médio foi suspenso após chamar educadora de “preta” e “macaca” por ela recolher seu celular em aula
Adolescente do 1º ano do ensino médio foi suspenso após chamar educadora de “preta” e “macaca” por ela recolher seu celular em aula

Uma professora de educação física de uma escola estadual em Penápolis procurou a Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência por injúria racial contra um aluno do primeiro ano do ensino médio. O caso aconteceu no último dia 12 de maio, mas só foi formalmente comunicado às autoridades no sábado (17).

Segundo o relato da docente, o incidente teve início durante uma aula, quando ela flagrou o estudante utilizando o celular em sala, prática proibida por leis estaduais e federais. A educadora solicitou o recolhimento do aparelho, que foi entregue e encaminhado à vice-diretora da escola, conforme protocolo institucional.

Após o término da aula, enquanto caminhava pelos corredores, a professora foi surpreendida pelo aluno, que teria proferido, em voz alta: “essa filha da..., preta, macaca pegou meu celular”. A ofensa foi ouvida por outras pessoas no ambiente escolar.

Conforme o registro, a educadora conduziu o aluno até a direção, onde, inicialmente, ele negou ter direcionado as palavras à professora, alegando que se referia a uma colega de sala. Contudo, diante da insistência da equipe gestora, o estudante acabou pedindo desculpas à vítima.

O episódio foi registrado internamente no sistema estadual PLACON, e a professora foi orientada a registrar o caso também na delegacia como crime de injúria racial. A direção da escola aplicou uma suspensão de três dias ao aluno e notificou os responsáveis legais, que foram chamados para tomar ciência dos fatos.

O caso segue sob apuração da Polícia Civil e também está sendo acompanhado pela diretoria de ensino da região. A injúria racial é considerada crime previsto no Código Penal Brasileiro, com pena de um a três anos de reclusão e multa.

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